Em novembro de 2025, a cidade de Belém (Pará) será palco da 30ª edição da COP30 — a conferência anual da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Esse momento é especialmente relevante por três razões principais:
1. A COP30 ocorre em uma região estratégica: a Amazônia brasileira, que desempenha papel fundamental como sumidouro de carbono — e que, simultaneamente, enfrenta riscos críticos de degradação.
2. Os países participam com planos nacionais — as chamadas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) — que precisam ser atualizados e intensificados para manter vivo o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.
3. O encontro sinaliza uma virada: de negociações para implementação — ou seja, menos promessas e mais entregas.
Liliane Guimarães, CEO da LawMed, aponta:
“Como profissional e cidadã que valoriza o impacto e a responsabilidade socioambiental, acredito que há 3 frentes em que todos nós — independentemente do setor — podemos nos mobilizar:
1. Transparência e governança: em tempos de complexidade regulatória, riscos de compliance e demandas por ESG, acompanhar de perto como as empresas e organizações respondem às metas climáticas já não é uma “boa prática”, mas uma exigência.
2. Adaptação e resiliência: as mudanças climáticas não são mais apenas futuras — já são presentes. Preparar processos, cadeias de valor e operações para atuar em um cenário de transição ou de impacto é um diferencial estratégico.
3. Inovação verde com propósito: a Amazônia nos lembra que não se trata apenas de “reduzir danos”, mas de “promover regeneração”. Os ativos naturais, a biodiversidade e os ecossistemas saudáveis ganham importância central no novo paradigma.”
Na Lawmed, onde combinamos perícia técnica, regulação e análise estratégica, somos convidados a ampliar ainda mais nosso olhar. Além dos riscos tradicionais de sinistros e incapacidades, há uma oportunidade clara de conectar nossos serviços a práticas que promovam adaptação e mitigação — seja em seguros de pessoas, nas responsabilidades corporativas ou em novos modelos de negócio. A COP30 será, portanto, um termômetro — e também um acelerador — dos próximos capítulos: não apenas sobre o que vamos fazer, mas sobre como estamos fazendo e como vamos comprovar que estamos entregando. Em um mundo em que o tempo para 1,5 °C está se esgotando, a pergunta que fica é: qual será a nossa contribuição concreta?